O PLANEJAMENTO FAMILIAR, BRAÇO ARMADO DA NEW AGE
O Planejamento Familiar, inspirado na teoría pseudo-científica da eugenia pertence à
família da seita mais perigosa do século: A New Age que nada tem de novo, já que existiu na Europa
entre 1933 e 1945.
A palavra seita provém do verbo latino sequir, seguir; o membro de uma seita segue um guru,
uma ideologia ou uma religião. Ultimamente, o termo "seita" tem adquirido uma conotação negativa
enquanto que anteriormente designava simplesmente um grupo de partidários de uma doutrina.
Há pouco tempo que os meios de comunicação de massa se interessam pelas seitas,
não só para mostrar o bizarro mas para denunciar os riscos que acarretam, a partir dos "suicídios"
coletivos da Ordem do Templo Solar e dos assassinatos com gás sarin perpetrados no Japão pela seita Aoum.
No dia 18 de abril de 1996, a cadeia televisiva Arte dedicou às seitas toda uma emissão
representativa da concepção mediática das seitas; a seguir fazemos um breve resumo:
As seitas são grupos isolados, autárquicos; separam os filhos de suas famílias;
recrutam seguidores utilizando esquemas de pensamento simplistas, realizam uma lavagem de cérebro de seus adeptos
que assegura sua dependência; estas seitas escondem uma parte do que são e manipulam seus adeptos para explorá-los
de diversas formas (econômica, sexual, etc.) Uma das técnicas utilizadas é o processo de sedução/destruição/reconstrução:
são seduzidos com a promessa da felicidade, apelando aos sentimentos, são destruídos através
do cansaço, da privação do sono e do alimento e do isolamento e mais tarde são adoutrinados.
As seitas dizem ter uma preocupação religiosa, inclusive absurda, na qual a experiência
prevalece sobre a doutrina, seu interesse principal, porém, parece ser mais financeiro que religioso. Organizam-se
como formas alternativas de sociedade; buscam infiltrar-se através da ação social, a capacitação
profissional, a educação, etc.
A emissão de Arte esbarra com a definição da seita: Não são também
atividades sectárias o exército, a escola, a empresa, os esportes, as igrejas, as atividades militantes?
A principal proposta de solução frente aos perigos das seitas consiste no controle de todas
as religiões por parte do Estado, e os responsáveis políticos que rejeitarem essa via serão
qualificados de cúmplices das seitas.
Deste modo e a partir de um preconceito totalmente materialista, a emissão não conseguiu
dar uma definição das seitas nem analisar os perigos concretos que acarretam e muito menos contestar com uma
argumentação coerente. Por acaso, as principais seitas que são denunciadas nessa emissão são
seitas anticomunistas (cientologia, Moon) e se produz uma amálgama entre as seitas e o Cristianismo, embora um religioso
tente explicar que as seitas, à diferença da Igreja, são nocivas para a liberdade e a dignidade humana.
Este enfoque sociológico está ligado à análise marxista, para a qual a verdade
não é relevante; com efeito, não é possível falar de seitas sem fazer referência
aos múltiplos conflitos históricos entre o verdadeiro Cristianismo e as seitas gnósticas, entre o verdadeiro
e o falso. Na verdade, o conceito moderno de "seita" corresponde ao conceito mais antigo de "heresia".
Mas os materialistas não podem utilizar a palavra "heresia" já que para isso, deveriam falar de
"ortodoxia".
As heresías são de diversa índole; com freqüência trata-se de corrupções
do Cristianismo por uma mistura contra natura com:
As seitas heréticas mais típicas são as seitas gnósticas (do Grego:gnosis,
conhecimento,) Sua doutrina fundamental está baseada na salvação pelo conhecimento, totalmente
oposta à doutrina cristã da salvação pela graça de Deus. Nas seitas, os novos
adeptos são iniciados em segredos que devem calar fora das mesmas; a organização está estratificada
por níveis ou graus de conhecimento mas as lições no nível superior com freqüência
se contradizem com as que foram dadas nos níveis inferiores, demonstrando seu caráter manipulador. As doutrinas
dos níveis mais altos são secretas e inacessíveis para os níveis inferiores e muito mais para
os "profanos". Essas doutrinas correspondem geralmente à adoração de divindades (idolatria),
sendo inclusive possível chegar a mortes rituais e sempre em violenta oposição ao Cristianismo.
As duas seitas gnósticas mais importantes e com maior peso no nosso país são a Franco-maçonaria
e a New Age. Existem Franco-mações entre os fundadores da New Age, já que as doutrinas gnósticas
têm o dom de misturar e integrar todas as contribuições, inclusive aquelas que se contradizem.
A Franco-maçonaria francesa atual foi fundada em 1717 pela fusão entre os "mações
livres", pertencentes à fraternidade que celebra igualmente os "mistérios de Ísis" e
os "rosa-cruz"; eles compartilham uma doutrina secreta, a gnose, reservada aos graus mais altos. Arrogam-se a
filiação dos Templários (gnósticos condenados pela Igreja) através dos Templários
refugiados na Escócia.
A Franco-maçonaria está dividida em várias obediências cismáticas com
uma base comum: continuar a tradição de Hiram Abif, suposto arquiteto do templo de Salomão. Nascido
na cidade de Tiro e de mãe viúva, era o único ser na Terra que conhecia os segredos de um mestre mação,
em particular a "Grande Palavra Maçônica". Três de seus colegas tentaram se apropriar de seu
segredo e, como não o conseguiram, mataram-no e enterraram-no no mesmo lugar, depois retiraram-no e marcaram seu
túmulo com um ramo de acácia. Salomão enviou os "irmãos" de Hiram na su busca, e assim
foi possível encontrar seu cadáver e ressucitá-lo. Hiram tinha esquecido a palavra secreta, mas a primeira
palavra que ele pronunciou serviu-lhe como substituição. Essa é a palavra que é transmitida
atualmente aos franco-mações e o irmão que se transforma em "mestre" (terceiro grau) através
de uma ceremônia de iniciação, identifica-se com Hiram Abif.
Mas só a minoria dos altos graus conhece o sentido real. A lenda de Hiram Abif coincide na verdade
com a lenda de Osíris. Osíris, deus do Sol e rei de Egito, tinha iniciado uma viagem para abençoar
as nações vizinhas com suas artes e sua ciência. Seu irmão Tifão (deus do inverno), por
ciúmes, matou-o e roubou-lhe o reino. Ísis, filha e esposa de Osíris, deusa da lua, encontrou finalmente
o corpo ao pé de uma acácia e enterrou-o à espera de mais digna sepultura. Tifão roubou o corpo
e cortou-o em catorze pedaços que depois escondeu. Ísis buscou novamente e encontrou os catorze pedaços
com exceção do falo que substituiu por uma prótese, transformada depois em objeto de culto. Finalmente
Osíris ressucitou em Horus, filho de Ísis.
Esta mesma versão do nascimento virginal de Cristo e de sua ressurreição aparece
em outros paganismos antigos: Nemrod / Semíramis, Baal / Astarté, etc. O sacrifício de crianças
é um dos traços comuns entre esses paganismos.
A maçonaria não é mais que um sincretismo das antigas religiões iniciáticas
e com dois sentidos; um aparente, destinado aos profãos e ao povo; outro, totalmente diferente, reservado a uma minoria
de iniciados(31).
Adoram o sol, fonte provedora de vida na Terra cujos raios a penetram e fecundam; a religião maçônica,
fálica e solar está simbolizada pelo esquadro (feminino) e o compasso (masculino).
A franco-maçonaria, promotora do aborto
A Franco-maçonaria, fortemente arraigada na classe política, reivindica a legalização
do aborto e da contracepção, meios revolucionários para uma mudança de mentalidades.
Em "De la vie avant toute choses", (op.cit) em 1979, Pierre Simon conta como construiu
a estratégia de legalização do aborto na França, quando era Grande Mestre da Grande Loja da
França, e explica o tipo de sociedade que projeta a partir desta revolução: o modelo polinésio
segundo o qual o verdadeiro pai de uma criança é a sociedade, representada pelo Estado.
Em "D'une révolte à une lutte, 25 ans d'histoire du Planning Familial",
1982, o MFPF escreve:
"Presentes desde a fundação do MFPF, são muitos os franco-mações
que ocupam cargos-chave no MFPF desde a inauguração dos Centros. Sua vocação humanista e progressista
os levou naturalmente a apoiar a luta por uma paternidade responsável. (...)Devemos lembrar seu objetivo: "...
imprimir a nossa ética, o espírito da nossa Ordem deve inspirar a realização dos trabalhos a
partir do método de trabalho e do método de pensamento..." Esta vontade de controle os incita a estarem
presentes em todo lugar onde "se trate de" ou onde "se atue sobre"o humano". Tentam compreender
e analisar as necessidades dos indivíduos e a partir daí, trabalham na preparação de leis que
respondam em parte, aos desejos reais ou supostos do "Homem"".
A New Age tem atualmente a forma de uma rede de múltiplas organizações descentralizadas
que efetuam diferentes práticas de espiritualidades gnósticas, basicamente o hinduísmo e o budismo
(ioga, hipnose, auto-hipnose, rosa-cruzismo, medicinas "holísticas", drogas, ÓVNIS, o poder dos
cristais, a bruxaria, etc.). É uma empresa ampla que profetiza a chegada de um novo Cristo na "era de Aquário".
Algumas organizações proclamam-se abertamente como pertencentes à New Age: Lucis
Trust(32) (incluindo
Bonne Volonté Mondiale, Écoles Arcane, Triangles, Nouveau Groupes de Serviteurs du Monde), Amis de la Terre,
Amnesty International, Greenpeace, Sierra Club, Enfants de Dieu, Zero Population Growth (neo-malthusianos), People for the
American Way (anticristãos pró-aborto), Citoyens Planétaires, Initiative Planétaire pour le
Monde que nous choisissons, Conseil de l'Unité dans la Diversité, Corporation Sutphen, Mouvement du Développement
du Potentiel Humain, Méditation Transcendantale, Église de la Nouvelle Compréhension (Cientologia),
Earth First, a sofrologia, etc.
Existem outros que se ocultam: Pacific Institute (formação em empresas), W.W.F. (fundado
por um eugenista) ...
Outros esqueceram: Jim Jones (massacre de Guiana)...
Todas as religiões do mundo compartilham verdades que transcendem suas diferenças; a New
Age, entretanto, "não aceita nenhum deus das religiões pretendidamente monoteístas" (Livre
d'or de la Société Théosophique, 1925). O objetivo pessoal do teósofo consiste em alcançar
a iluminação, mudando de estado de consciência, o que lhe permite liberar-se do karma(33), depois de haver compreendido
que ele é uma parte da divindade infinita e impessoal. Ele aceita a teoria da evolução darwiniana e
acredita na existência de "mestres" (espíritos ou seres humanos mais "evoluídos"
que pertencem à "Grande Fraternidade Branca").
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À esquerda, Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica em 1875, autora
da "bíblia" da New Age: A obra racista "La Doctrine Secrète"; |
" La Doctrine Secrète" de H.P.Blavatsky, obra base da New Age, fundamentalmente
racista, explica que as raças se originam na Atlântida e que uma das sete raças que ali surgem, é
a raça ária. Com relação às outras seis ' os Toltecas, os Rmoahals, os Tlavatlis, os
Torás, os Acádios e os Mongóis', os Ários eram a raça dominante, os super-homens das
raças da Atlântida.
Os Ários não se transformaram em super-homens através de evoluções
ou mutações naturais na evolução mas por um salto repentino destinado a dotá-los das
faculdades necessárias para viver num mundo pós-diluviano. Perderam seus poderes mágicos sobre as forças
da natureza e o desenvolvimento psíquico, adquiriram, entretanto, faculdades de desenvolvimento cerebral e uma "inteligência
superior" à das outras raças sobreviventes, descritas como inferiores quanto a suas faculdades intelectuais
e a sua herança genética.
Foram supostamente instruídos por homens-deuses ou por super-homens mais avançados, que
lhes ensinaram a proteger, a todo custo, sua herança genética superior; os Ários deviam distinguir-se
do resto das raças "inferiores", por seu intelecto. No entanto, estes intelectos "superiores"
tinham se desenvolvido à custa da natureza psíquica ou pretendidamente "espiritual". A fim de remediar
esta "deficiência" e evitar que se perdessem os poderes psíquicos na raça ária, o processo
iniciático foi desenvolvido por seus "mestres".
A iniciação transformou-se então no pré-requisito (sine qua non) para
ser dirigente na sociedade ária, já que só os iniciados ou os adeptos podiam comunicar-se com os supostos
super-homens ou "poderes superiores" necessários para conduzir a raça. Os iniciados constituiam
a "Hierarquia", futuro governo espiritual planetário.
Os adeptos da New Age acreditam que graças à meditação e a outras "disciplinas
espirituais", puderam transformar-se numa "nova espécie" homo noeticus em oposição
ao homo sapiens considerado uma espécie em extinção. Proclamam uma doutrina intrinsecamente
anti-semita e racista: os Judeus provêm de outro sistema solar (Alice A. Bailey), os Orientais e os Negros provêm
de outra raça-mãe, as raças ocidentais devem controlar o mundo já que fazem parte da
raça-mãe mais evoluída.
A doutrina, que abrange todo o campo da "Hierarquia", desde uma atitude hostil com os Judeus
até conselhos para as dietas, deve ser aplicada etapa por etapa, num Plano: guerra de religiões, redistribuição
forçosa dos recursos mundiais, iniciações luciferinas, iniciações planetárias
de massa, campanha para o desarmamento, eliminação ou bloqueio das ortodoxias religiosas.
Com efeito, estas últimas devem ser substituídas pela Religião do Mundo Novo
que o Instrutor Mundial virá instaurar, unificando assim todas as religiões que terão preparado
sua chegada. Esta religião garantirá a instituição de uma Nova Ordem Mundial. A partir
disso, a Hierarquia (os intermediários entre os "mestres" e a "humanidade") tomará
o poder, abolirá as fronteiras e instaurará o desenvolvimento de uma consciência planetária,
um governo mundial.
O Instrutor Mundial é um avatar ' ou seja uma reencarnação' de Cristo e de
Krishna e do senhor Maïtreya e do imame Madhî e de Buda e de Boddisatva, etc.
Uma das publicações da Sociedade Teosófica levava como título Lúcifer,
revelando provavelmente a origem de sua inspiração malsã e delirante (34), e também a índole do Instrutor Mundial:
um Anticristo
A New Age, breve histórico
A New-Age foi criada por Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), aventureira médium-espírita,
com a seita Sociedade Teosófica, fundada em 1875 em Nova York.
Mme. Blavatsky serviu como receptora telepática dos "mestres", desde 1867 até
a sua morte. Ela escreveu em "escrita automática" (fenômeno espírita) suas duas obras mais
importantes, Isis Dévoilée e La Doctrine Secrète que até hoje são as obras
fundamentais da New Age.
Os inícios da Sociedade Teosófica se caracterizaram por alguns fenômenos psíquicos
que pareceram milagrosos: aparecimentos de cartas, materializações de objetos, produção de sonos
estranhos.
Depois da morte de Blavatsky, a organização continuou prosperando sob a direção
de Annie Besant (1847-1933), quem dirigiu também a Liga Malthusiana na Grã Bretanha e tentou suscitar
o Anticristo na Índia na pessoa de Krishnamurti, quem se desvinculou da organização em 1929, provocando
o desastre da Sociedade Teosófica, que nesse momento esteve a ponto de cair no ridículo.
Outras cisões já tinham acontecido, particularmente com Rudolf Steiner(35) e seus adeptos, com Alice Ann Bailey (1880-1949)
quem se separou da Sociedade Teosófica para criar em 1922 o Lucifer Trust (rebatizado em 1923 Lucis Trust)
e publicando na linha doutrinária de Blavatsky.
São os herdeiros destes grupos os que continuaram o desenvolvimento da New Age.
Bailey desenvolveu as redes e a doutrina sob a direção dos "mestres" conservando
sempre um perfil baixo: as doutrinas secretas sobre o "Cristo da New Age" e sobre a "Hierarquia" deviam
ser reveladas só em 1975, um século depois da criação da Sociedade Teosófica.
A partir de 1961 com Esalen (Califórnia) e de 1962 com Finhorn (Escócia), a New-Age disporá
de lugares preeminentes.
Em 1975, a propaganda da New Age tornou-se pública e visível, através das obras
de Marylin Ferguson (la Conspiration d'Aquarius), David Spangler (Révélation : la naissance
d'un nouvel âge), Mark Satin (New Age Politics) etc. Alguns artistas conhecidos se somaram também
à New Age (Shirley Mc Laine, Paco Rabane, Guy Béart, Demis Roussos...) que contou igualmente com a contribuição
do cinema: Dark Crystal, E.T., Dune, Guerra nas Estrelas, Cocoon, 2001, Ghostbusters, Le Grand Bleu, Jonathan le Goëland,
Poltergeist, Rencontre du 3ème type , Superman, etc.
A New Age, inspiradora do nazismo(36)
Hitler, quando vivia em Viena, foi fortemente influenciado pelas doutrinas ário-sofistas (doutrina
teosófica sobre a supremacia da raça ária), muito em voga nesse momento. Tinha uma importante coleção
da revista Ostara (deusa da luz), editada pelo teósofo Jörg Lanz, adepto da Sociedade Teosófica,
para quem La Doctrine Secrète de Blavatsky, era sua bíblia. Sua admiração pela doutrina
das raças o decidiu a popularizá-la na revista Ostara. Hitler que dizia estar interessado nas teorias
raciais de Lanz, visitou-o em 1909 para adquirir velhos números de Ostara com a finalidade de completar sua
coleção. Em 1932, Lanz escrevia: "Hitler é um dos nossos alunos".
Lanz, que tinha abandonado os hábitos como monge beneditino, fundou a ONT (Nova Ordem do Templo)
e buscava deste modo, uma filiação com os Templários da Idade Média, enquanto ensinava uma doutrina
gnóstica misturando a teosofia de Blavatsky, suas doutrinas "teo-zoológicas" e o culto de Wotan
e Odin. Entre seus escritos: "Haveria que castrar sem misericórdia ou esterilizar os jovens inservíveis",
"os criminosos, os doentes mentais e os portadores de taras hereditárias devem ser excluídos da reprodução",
"Intervir na vida sexual permitirá alcançar o reino dos céus".
Hitler foi igualmente influenciado por Guido List (1848-1919) que tinha elaborado uma doutrina gnóstica,
fruto da mistura entre o Wotanismo (reescrito em estilo gnóstico) e a teosofia de Blavatsky, que promovia o racismo
pangermanista eugenista e uma nova Hierarquia, os Armanos, uma elite de iniciados. Em 1921, Hitler recebeu, como
presente de aniversário, um livro com a seguinte dedicatória: "Para Adolf Hitler, meu querido irmão-armano".
Existiram outros casos de conhecidos hierarcas nazistas inspirados pela mesma corrente pagã: Himmler
por Wiligut, Alfred Rosenberg, Dietrich Eckart, Rudolf Hess pela Société Thulé (outra seita teosófica,
pangermanista e anti-semita).
Como as seitas da New Age, o nazismo ensinou a doutrina do arianismo e da pureza ária pondo em
cena uma nova "raça-dominante" ária mutante. O ódio aos Judeus fundado na certeza oculta
da sua corrupção genética, impunha uma "solução adequada" final ao "problema
judaico"(37).
Não é, portanto, casual que Hitler, que se considerava o Messias encarregado de dirigir
o Reino dos Mil Anos, tenha aplicado o programa de "limpeza étnica" da Sociedade Teosófica, no contexto
de uma política anti-semita, racial e eugenista que contou com o apoio dos eugenistas de diversos países,
especialmente os norte-americanos.
Posteriormente, pelo menos um responsável da New Age reconheceu esta filiação: "Existiu
uma tentativa de começar a unir os povos do vale do Reno. Esta tentativa foi realizada por um discípulo, mas
sem êxito. Atualmente existe uma nova tentativa em curso"(38).
A New Age, inspiradora do Planejamento Familiar
Para a New Age, a vida humana tem tanto valor como a vida dos animais. Efetivamente, devido ao ciclo
de reencarnação (karma), a morte não representa mais que a passagem para um novo nascimento, sob uma
forma humana ou animal (em caso de karma negativo). Por isso Alice A. Bailey pensava que a Schoah foi o resultado do karma
negativo dos Judeus.
Dentro deste sistema, o aborto não é um crime, mas a oportunidade de encontrar um karma
melhor.
Margaret Sanger (1879-1967) fundadora, em 1921, em Nova York, do que depois foi o Planejamento Familiar,
era rosa-cruzista, professava um anti-cristianismo violento e pertencia à seita Unity, autodefinida como "um
tratamento mental garantido para curar todos os males da carne". Esta seita inscreve-se dentro das seitas da New
Age. Ressalta o poder do "Pensamento Criativo" em todos os âmbitos; ensina a transformar-se em "Cristo",
ou seja, a realizar em si mesmo o eu divino fundando-se na consciência cósmica. Sanger dedicava-se igualmente
à astrologia, à numerologia e consultava os médiuns.
M. Sanger começou a estudar o rosa-cruzismo em decorrência da morte da sua filha em 1915
e das perturbações que isso lhe provocou. Os rosa-cruzistas proclamam um regime oriental de meditação
privada, destinada a conectar o indivíduo com os poderes interiores do homem que derivam de uma força superior
suprema, um "deus interno", tal como ela o interpretava parafraseando Nietzsche. Aliás, afirmavam que os
praticantes que se realizavam na fé se diferenciavam do resto por seus próprios poderes de cura; eles se transformariam
numa "força para o bem entre os homens".
Em 1935, a Conferência de Mulheres da Índia convidou M.Sanger a viajar à Índia
para falar sobre o controle da natalidade. Os arranjos foram feitos com a intermediação de Margaret Cousins,
uma livre-pensadora de origem irlandesa, feminista e nacionalista, discípula de Annie Besant (dirigente da Sociedade
Teosófica e da Liga Malthusiana, quem até sua morte em 1933, vivera perto de Madras, conduzindo uma colônia
de teósofos britânicos expatriados) e cujas crenças metafísicas e psíquicas tinham interessado
M. Sanger, muito tempo antes, como para viajar à Índia.
Margaret Sanger foi racista e eugenista até sua morte. Continua sendo a heroína venerada
do Planejamento Familiar.
A eugenia é hoje equivalente a uma crença fantasiosa, desprovista de todo fundamento científico;
pior ainda, sua falsidade está provada. Além do aspecto moral (a eugenia é negativa já que leva
a tratar os seres humanos como gado), seu "fundamento" científico foi invalidado: a teoria darwiniana não
foi provada e a transmissão genética das mutações(39) não existe. A motivação daqueles que persistem, apesar de
tudo, na promoção da eugenia (I.P.P.F., Sociedades Eugenistas, etc) é de tipo religiosa e o nome dessa
religião é New Age.
Outras organizações dedicadas a difundir o aborto e a contracepção são
abertamente seitas New Age:
É por isso que os ecologistas pregam a redução, por todos os meios, da população
mundial. Os grupos que conhecemos na Europa não são mais que a versão grande-público de seitas
extremistas como Earth First, veneradoras de Gaïa.
É também na New Age onde encontramos os promotores da eutanásia de anciãos
e incapacitados.
Tambén Dennis Meadows do Clube de Roma, é um adepto da New Age. No livro em que ele participou
(Stratégie pour Demain, 1973) reclama-se, mediante a utilização de modelos matemáticos
simplistas, uma redução drástica da fecundidade, embora os meios para consegui-lo sejam imorais do
ponto de vista da antiga moral, superada ao seu ver.
As organizações do Planejamento Familiar (membros da I.P.P.F., inscrita por sua vez em
1977 como membro da Eugenics Society inglesa) implementaram o aborto industrializado e o aborto químico encoberto
(sob a fachada da "contracepção") a nível mundial. Tais organizações, em coordenação
com outros neo-malthusianos e a ONU nos conduziram a mais de 30 milhões de abortos provocados, anualmente no mundo.
A estratégia oculta dos abortistas
É surpreendente constatar a proximidade e as afinidades que existem entre os seguidores da New
Age e os "racionalistas" ateus e outros grupos com a mesma ambição de revolucionar as sociedades.
Annie Besant, antes de alinhar-se na Sociedade Teosófica, era uma livre-pensadora marcadamente
anti-cristã. Os anarquistas norte-americanos do século XIX eram simultaneamente espíritas. O mesmo
Bakounine explicava que Satã era o "liberador da humanidade". Marx, na sua juventude, escreveu poemas onde
se manifestava claramente a sua rebelião contra "aquele que reina ali no alto". Darwin, pai da eugenia,
era filho de um franco-mação. Margaret Sanger, fundadora do Planejamento Familiar, tinha um pai "livre-pensador".
Nos anos 30 existiram "escolas de verão" que reuniam "livre-pensadores, espíritas, teósofos,
ocultistas, anti-vivisseccionistas, vegetarianos, paisagistas urbanos e materialistas"(40).
O próprio M.F.P.F qualifica seus adeptos de "racionalistas": "a Franco-maçonaria,
a Liga pelos Direitos do Homem, o Livre-Pensamento e a 'União Racionalista"(41). Também é possível ver os múltiplos
vínculos entre o feminismo e a bruxaria, desde algumas feministas para quem o aborto constitui um rito de iniciação
e levam no tornozelo tantas pulseiras como abortos já tiveram, até a bruxa que explica por televisão
que as bruxas feministas adoram uma deusa e um deus (Arte, 2/6/96).
Podemos inferir, então, a falta de sinceridade destes grupos que se reúnem pelo interesse
comum de legalizar sua rebelião, principalmente contra o "Não matarás" com a finalidade de
neutralizar a repressão de seus comportamentos criminais.
Na "antiga religião" pagã, promovida pela bruxaria, a Franco-maçonaria
e a New Age, encontramos a permanência de dois cultos: o culto fálico do sol fecundo (Osíris, Lúcifer
"portador de luz", o deus com cornos dos Celtas) amalgamado com o Estado todopoderoso (Baal-Moloch, Nemrod), e
o culto da deusa da fecundidade amalgamada com Gaïa (a Terra) e os modelos de Ísis, Astarté, Semíramis,
etc.
No passado, estes dois cultos estavam associados à prostituição ritual e ao sacrifício
de crianças, destinados a apaziguar ou pôr de seu lado as divindades: tinham como objetivo alcançar
a prosperidade e as boas colheitas. Na atualidade, estes cultos parecem haver encontrado uma expressão moderna, adaptada
a um mundo desencantado, na revolução sexual e o aborto em massa. Tal como os eugenistas, eles circulam escondendo
seu verdadeiro rosto por temor a serem identificados por aquilo que eles são realmente.
Nenhuma seita antiga tinha atingido a proeza de obter o sacrifício de milhões de crianças
cada ano. O banho atual de sangue cujos pretextos demográficos ou ecológicos constituem um logro científico,
encontra sua justificativa na necessidade de sacrifícios humanos que têm as divindades pagãs, novamente
invocadas pelos adeptos da New Age.
A estrutura em rede das organizações da New Age favorece a difusão de sua propaganda
(não dão a impressão de ser uma grande organização) e permite ao conjunto da rede, sobreviver
apesar dos fracassos de alguns de seus elos. O fracasso de Hitler não prejudicou as demais organizações
da New Age: Foi suficiente condenar verbalmente o nazismo e retificar sua estratégia para não cometer os mesmos
erros de comunicação. Por outro lado, Hitler lhes facilitou a tarefa: reprimiu todas as seitas que não
fossem seu partido, outorgando-lhes na pós-guerra, uma virgindade de mártires.
O "suicídio" coletivo de Guiana sob a direção de Jim Jones, levou as outras
organizações New Age a denunciar que Jones era cristão, embora na verdade não fosse.
O fracasso da Sociedade Teosófica em 1929, com Krishnamurti, não deteve o movimento já
que Alice Bailey tinha iniciado Lucis Trust muito antes, dentro de uma unidade de doutrina.
A iniciação e a estratificação em graus constituem um sistema compartimentado
que evita as fugas e permite múltiplas manipulações sem nenhum risco para os manipuladores.