ANEXO 1:

> Frederick Osborn :

Norte-americano, membro associado da Eugenics Society norte-americana a partir de 1937 e membro do seu Conselho Consultor, em 1957.

Foi a personalidade de maior destaque da Sociedade de Eugenia norte-americana durante a pós-guerra. Fundou, juntamente com John D. Rockefeller, o lobby pró-aborto Population Council e incentivou a criação de centros de treinamento demográfico na ONU.

Depois da Segunda Guerra Mundial, leva a cabo uma substituição estratégica da eugenia pela cripto-eugenia e determina os objetivos da Sociedade de Eugenia: “...buscar os indivíduos geneticamente valiosos... tentando ao mesmo tempo reduzir os nascimentos daqueles que são menos”.

O que ele prega:

1. Condicionar o ambiente por meio das “pressões sociais e psicológicas concentradas nos jovens e nos pais” ;

2. Manipular os comportamentos : “esta proposta seria... falar em oferecer a um maior número de crianças a possibilidade de crescer num ambiente familiar melhor e abster-se de argumentar a favor da eugenia em público” ;

3. Introduzir a contracepção e o aborto: “...Existem formas de selecionar que não implicam em humilhação... quando o planejamento familiar tiver alcançado todos os membros da população e os meios eficazes de contracepção estiverem disponíveis com facilidade...”. “Os casais terão um número de filhos de acordo com suas possibilidades, ou seja, de acordo com o valor de sua qualidade social”.

> Dr. Carlos P. Blacker :

Inglês, secretário da Eugenics Society de 1931 a 1943. Secretário geral em 1943, diretor de 1944 a 1946, presidente em 1951 e honorário em 1957.

Discípulo de Julian Huxley, forma-se em medicina em 1931. Membro da Comissão Real sobre População, foi delegado dessa comissão na Conferência Mundial sobre a População de 1954 e assessor em assuntos sociais e populacionais do Ministério da Saúde, em 1958. Presidente administrativo do I.P.P.F. de 1959 a 1961.

Num relatório feito para a Eugenics Society, em 1951, referindo-se às experiências nazistas feitas em pessoas vivas para desenvolver um método econômico de esterilização de massas, chega à conclusão de que, embora tais métodos não funcionassem, “seria perfeitamente apropriado continuar a experiência com algumas das drogas esterilizadoras que foram utilizadas pelos médicos nazistas ...”.

> Sir Julian S. Huxley :

Inglês, (1887-1975), membro do conselho da Eugenics Society em 1931, vice-presidente de 1937 a 1944 e presidente de 1959 a 1962. Primeiro Secretário Geral da UNESCO, de 1946 a 1948. Foi também o fundador do World Wildlife Fund.

Membro do comitê executivo da Euthanasia Society, foi vice-presidente da Associação pela Reforma da Lei do Aborto (pró-aborto), de 1969 a 1970.

Teve quatro filhos. Um deles foi Aldous Huxley, o autor do livro “Um mundo feliz”, sistema sonhado pela Sociedade de Eugenia.

Vejamos a opinião deste homem influente, cujos objetivos hoje estão se tornando realidade: “Grupo social problemático, na minha opinião, são essas pessoas das grandes cidades, que os assistentes sociais conhecem muito bem, que parecem desinteressar-se de tudo e continuam simplesmente sua existência vazia no meio de uma extrema pobreza e sujeira. Com demasiada freqüência têm de ser assistidos por fundos públicos e transformam-se numa carga para a comunidade. Infelizmente, tais condições de existência não lhes impossibilita de continuar se reproduzindo e suas famílias são em média muito grandes, muito maiores do que as do país em seu conjunto.

Vários testes, entre eles o de inteligência, revelaram que possuem um Q.I. muito baixo e que, geneticamente, estão por baixo do normal em muitas outras características, como: iniciativa, interesse e afã exploratório comum, energia, intensidade emocional e poder de decisão. Essencialmente, não são culpados por sua miséria e falta de previsão, mas têm o azar de que nosso sistema social aduba o solo que lhes permite crescer e multiplicar-se, sem outra expectativa que a miséria e a sujeira.

Aqui também poderia ser útil a esterilização voluntária. No entanto, acho que nossas maiores esperanças devem se concentrar no aperfeiçoamento de novos métodos de controle da natalidade que sejam simples e aceitos, por meio de anticoncepcionais orais, ou, talvez, de preferência, por métodos imunológicos que exigem injeções”.

“A própria revolução é inevitável. (...) Pode ser feita de diversas maneiras. (...) De modo totalitário...é pouco atrativo, mas é capaz de garantir um rendimento muito alto, como o descobriram por seus próprios meios os adversários da Alemanha nazi. Existem todos os motivos para crer, no entanto, que tais vantagens não são duradouras. (...) A democracia precisa ser "repensada" em função de um mundo que se transforma”.

Julian Huxley explica então sua concepção keynesiana: a economia liberal deve ser controlada e dirigida pelo Estado.

“A generalização ... de Darwin sobre a seleção natural, tornou possível e necessário eliminar a idéia de que Deus guia as fases da vida evolutiva. Finalmente, as generalizações da psicologia moderna e das religiões comparadas, tornaram possível e necessário eliminar a idéia de que Deus guia a evolução da espécie humana mediante a inspiração ou alguma outra forma de orientação sobrenatural. (...) Freud, acrescentado a Darwin, chega a nos dar uma idéia geral filosófica. (...) [Se o indivíduo] quer aplicar seus valores morais, aparentemente absolutos, a situações particulares, tais valores exigirão a ajuda constante do relativismo. (...) Não se deve matar: mas é mister analisar de modo racional se esse princípio tem relação com a guerra, com certos casos de suicídio e de aborto, com a eutanásia e com a regulamentação da natalidade.(...) A sociedade tem de utilizar, racionalmente, um mecanismo irracional para criar o sistema de valores que ela deseja”.

> Lord John M. Keynes :

(1883-1946). Economista inglês, fundamentalmente anticristão, diretor da Eugenics Society, de 1937 a 1944, vice-presidente em 1937. Foi quem elaborou a doutrina keynesiana que prega o controle da economia liberal pelo Estado. Primeiro diretor do Banco Mundial, em 1946 (International Bank for Reconstruction and Development). Na Índia, durante o período de fome de 1966, os empréstimos do Banco Mundial estavam condicionados à implantação de uma política de controle da natalidade (aborto, esterilização e contracepção).

Keynes acreditava firmemente na eugenia Galtoniana considerada por ele como o ramo mais importante da sociologia.

> Prof. Dr. Otmar Freiherr von Verschuer :

(1896-1969). Alemão, membro da Eugenics Society norte-americana, em 1956, e da A.S.H.G. (Sociedade Americana de Genética Humana) .

Médico, foi diretor da divisão “Herança humana” do Instituto Kaiser Wilhelm de Berlim, em 1934. Lecionou sobre “o contexto completo da antropologia, da herança humana e da eugenia” , assim como sobre a “heredopatologia geral e específica”. Em 1935, Von Verschuer declarava ser o “responsável por assegurar que os cuidados dos genes e da raça, campo no qual a Alemanha era líder mundial, tivessem uma base tão sólida que pudessem resistir a qualquer ataque exterior". De 1936 a 1942, é o diretor do Instituto do Terceiro Reich para a Herança, a Biologia e a Pureza Racial, em Frankfurt.

Trata-se de um criminal de guerra que escapou das perseguições, apesar de sua associação com um de seus alunos, Mengele (o chamado anjo da morte, a quem garantia o financiamento, e a utilização dos resultados, das “pesquisas” em Auschwitz.

Foi ele que inspirou Mengele a fazer suas experiências em gêmeos. Recuperava, por exemplo, os olhos dos gêmeos mortos por Mengele para alimentar suas próprias pesquisas sobre a transmissão hereditária dos defeitos oculares.

Também buscava financiamento para seu protegido: “Meu colaborador e ajudante no presente estudo é meu assistente Mengele, médico e antropólogo. Presta serviços como Haupsturmführer e médico no campo de concentração de Auschwitz... Com autorização do Reichsführer S.S. Himmler, leva-se a cabo um estudo antropológico das diferentes formas de grupos raciais no campo de concentração. As amostras de sangue serão enviadas ao meu laboratório para serem objetivo de pesquisa”. O dinheiro obtido serviu para construir uma sala de dissecação, localizada entre as câmaras de gás e o forno crematório. Vários órgãos, membros e amostras de sangue (extraídos dos deportados que eram previamente infectados com tifo) foram preparados lá e depois enviados para Von Verschuer e outros cientistas do Instituto Kaiser Wilhelm.

Após a derrota nazista, Von Verschuer destruiu sua correspondência com Mengele e pretendeu ignorar tudo sobre Auschwitz e os métodos bárbaros de seu discípulo.

O conhecimento tardio destas manobras não permitiu uma condena pelo Tribunal de Nüremberg. Kallmann compareceu para depor a favor de Von Verschuer. O chefe dos especialistas médicos do Tribunal era Leo Alexander, que também tinha sido membro da A.S.H.G. (Sociedade Americana de Genética Humana), em 1954.

Depois da guerra, Von Verschuer entrou em contato com os eugenistas ingleses (Bureau of Human Heredity, em Londres): “Espero que o equipamento científico do ex Instituto Kaiser Wilhelm, em Dalhem, que eu trouxe...para Frankfurt, me permita continuar, ou melhor, retomar meu trabalho de pesquisa.... sobre a tuberculose... Não perco a esperança de que existam pessoas, na Inglaterra e nos Estados Unidos, que poderão me ajudar a continuar minhas pesquisas científicas”.

Von Verschuer informou-lhes, também, que tinha em seu poder os resultados das pesquisas de Auschwitz.

Em 1968, completou sua carreira como professor emérito no Instituto de Genética Humana da Universidade de Munster. Seu sucessor era Widukund Lenz, filho de Fritz Lenz, inspirador da política eugenista de Hitler.

Já Joseph Mengele, “o anjo da morte”, fugiu para a Argentina, onde continuou sua carreira praticando abortos ilegais. Como conseqüência dessa prática, morreu uma jovem e, portanto, Mengele teve de comparecer perante os tribunais que, estranhamente, não o condenaram. (New York Times, 11/02/1992).

> Prof. Franz J. Kallmann :

Alemão, membro associado da Eugenics Society norte-americana, em 1955, fundador da A.S.H.G. (Sociedade Americana de Genética Humana), em 1948, juntamente com Von Verschuer.

Este médico psiquiatra começa sua carreira em 1919, em Breslau, e continua nos laboratórios de neuropatologia dos hospitais de Berlim, entre 1929 e 1935. Formou-se com Ernst Rüdin, em Munique. [Ernst Rüdin foi diretor de esterilização genética sob o regime de Hitler e logo depois fundou a Sociedade Nacional-socialista pela Higiene Racial]. Por causa de uma ascendência judaica, Kallmann foi expulso da Alemanha em 1936, o que não lhe impediu comparecer perante o tribunal de Nüremberg para prestar depoimento a favor de Von Verschuer (protetor de Mengele).

Kallmann fundou o departamento de genética médica do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova Iorque, em 1936. Ali continuou suas pesquisas sobre a genética da esquizofrenia, com o apoio financeiro dos franco-mações do ritual escocês do Norte (6 milhões de dólares).

Quando publicou os resultados de seus trabalhos, em 1938, além de agradecer aos franco-mações do ritual escocês, não esqueceu de agradecer a Ernst Rüdin, arquiteto das leis raciais de Hitler. “O Dr. Franz J. Kallmann, anteriormente associado ao Dr. Ernst Rüdin em pesquisas de psiquiatria genética, está vinculado atualmente ao Hospital e ao Instituto Psiquiátrico de Nova Iorque, onde efetua um trabalho de pesquisa no mesmo campo”, declarava com efeito ao Eugenical News, em 1938.

Como Mengele, Kallmann se interessa muito pelo estudo dos gêmeos. Ele é um dos principais inspiradores e fundadores da A.S.H.G. (Sociedade Americana de Genética Humana), que deu origem ao desenvolvimento do teste pré-natal, fonte do aborto eugênico.

> A família Rockefeller :

Desde John D. Rockefeller Sr., no século XIX, que tinha sido influenciado pelo darwinismo social de Herbert Spencer, esta poderosa família norte-americana financia o ativismo eugenista. E o faz especialmente por intermédio das seguintes organizações :

O Population Council, fundado por Frederick Osborn e John D. Rockefeller III e que tem grande influência sobre a política norte-americana de despovoamento (treinamento de “especialistas” em demografia e apoio à pesquisa de contraceptivos e abortivos). Foi para o Population Council que Hoechst-Roussel “doou” a licença do RU486. Também recebe fundos da Fundação Ford.

Os relatórios Kinsey transformaram-se numa ferramenta essencial para a revolução sexual, mesmo quando ficou demonstrado que eram uma fraude científica.

O World Watch Institute, criado pelo Rockefeller Brothers Fund para “alertar aos decididores e ao público em geral sobre as tendências globais emergentes para a disponibilidade e administração de recursos, tanto humanos quanto naturais”, dirigido pelo famoso ativista Lester R. Brown. O World Watch Institute tenta chamar a atenção da imprensa para a “crise” populacional, mediante a publicação de folhetos e livros que anunciam a iminência de calamidades devido à superpopulação. Também é financiado pela ONU e pela Fundação Ford. O World Watch Institute, em seu último relatório (14/01/96), elogia a China e o Irã por sua política anti-família, ao mesmo tempo em que lamenta o desaparecimento de certas espécies de animais selvagens.

Catholics for a Free Choice, (Católicos por uma livre escolha), cujo propósito é o de fazer crer que se pode ser católico e, ao mesmo tempo, incentivar o aborto.

A Planned Parenthood, (Planejamento Familiar) e todos os seus avatares durante o transcurso do século. Margaret Sanger fazia com que o dinheiro circulasse dos Rockefeller e dos McCormick para Gregory Pincus, para que ele fizesse suas pesquisas sobre a pílula”. Hoje em dia, quem se oculta detrás da camuflagem dos serviços para a saúde reprodutiva é a ramificação ativista da eugenia.

O Instituto Kaiser Wilhelm, em Berlim e em Munique. Os Rockefeller ajudaram o arquiteto da política eugenista de Hitler, Ernst Rüdin, quando trabalhava aí.

Alexis Carrel, francês, prêmio Nobel de medicina em 1912, trabalhou para o Rockefeller Medical Institute. Em 1935, declarava: “Que motivo impediria a sociedade de resolver o problema dos criminosos e dos dementes de um modo mais econômico? ... Na Alemanha, o governo tomou medidas enérgicas contra a multiplicação de indivíduos inferiores, dos loucos e dos criminosos...” (Em Lyon, no início de 1996, a Universidade Alexis Carrel foi “desbatizada”; veremos que acontece com a avenida Rockefeller.)

O Council on Foreign Relations (CFR), destinado a incentivar uma “nova ordem mundial” contra as autoridades nacionais.

A Fundação Rockefeller, “para incentivar o bem-estar da humanidade em todo o mundo”, vem se concentrando no desenvolvimento internacional das “ciências da população”. É um instrumento de transferência de dinheiro, destinado especialmente ao Planejamento Familiar. 

A O.N.U.: a Declaração sobre a População da ONU era uma iniciativa de John D. Rockefeller III. Rockefeller doou o dinheiro e o terreno para o edifício da ONU em Nova Iorque. Entre os representantes norte-americanos, na divisão “População”, encontram-se F. Notestein e Kingsley Davis, da American Eugenics Society. A ramificação da área demografia da ONU é uma iniciativa de Frederick Osborn (também membro da A.E.S.). G. Acsadi-Johnson foi responsável pela ramificação “Fertilidade e População”, em 1974, e foi também membro da A.E.S.


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